O documento discute possíveis modelos de futuro para a cidade de Aveiro. Sugere que o futuro poderia ser um regresso ao passado, com cidades feitas de bairros e vizinhanças, onde o espaço público é para socialização e as crianças podem brincar com segurança. Também propõe que os cidadãos participem ativamente na construção colaborativa de um futuro para Aveiro que valorize a memória e identidade locais, recuperando aspectos positivos do passado.
1. E SE O FUTURO (DA
NOSSA CIDADE DE
AVEIRO) FOR UM
REGRESSO
AO PASSADO?
Academia de Saberes de Aveiro - Sessão solene
de abertura do ano de 2018/2019
21 de setembro, 14:30 horas,
Florinhas doVouga
José Carlos Mota, docente da Universidade de Aveiro
jcmota@ua.pt
2. As cidades estão a sofrer profundas transformações e a nossa de Aveiro não é exceção.
Naturalmente que as transformações trazem mudanças positivas, que deveremos saber
valorizar, mas também alguma negativas, que temos de procurar atenuar ou corrigir. Para
evitar as segundas e potenciar as primeiras é fundamental planear as cidades e fazê-lo de
forma participada, envolvendo os cidadãos, procurando encontrar modelos de futuro que
sejam o mais consensuais possível.
Curiosamente, os modelos de futuro das cidades que hoje se discutem são semelhantes aos
que tivemos no passado. Cidades de bairros, feitas de vizinhanças e de vivências
permanentes. Cidades onde o espaço público era para todas as pessoas, no qual se podia
conversar, brincar e conviver. Cidades onde as crianças tinham a possibilidade de andar a pé
e de bicicleta em segurança e nas quais podiam usufruir dos rios, muitas vezes para banhos,
e dos espaços verdes.
Desejar que o futuro seja parecido com o passado é um bonito paradoxo…
3. Estrutura
• Os futuros que nunca chegaram
• Os futuros de Aveiro que nunca
chegaram (e ainda bem)
• A cidade mudou muito
• Que modelo de cidade queremos para
Aveiro? O modelo do passado pode ser
inspirador?
• Então, o que podemos fazer
coletivamente para que o futuro seja o
que desejamos?
8. 2
Anteplano de Urbanização da Cidade de Aveiro (1960) do Arquiteto David Moreira da Silva
Link: https://upcommons.upc.edu/bitstream/handle/2099/14184/054_Matias_Lidia.pdf?sequence=1&isAllowed=y
AVEIRO
FUTUROS
QUE NUNCA
CHEGARAM
9. 2
AVEIRO
FUTUROS
QUE NUNCA
CHEGARAM Plano Diretor Municipal de Aveiro (1964) Robert Auzelle
Link: https://upcommons.upc.edu/bitstream/handle/2099/14184/054_Matias_Lidia.pdf?sequence=1&isAllowed=y
10. 2
AVEIRO
FUTUROS
QUE NUNCA
CHEGARAM
Debates sobre «As torres de Aveiro» (1982)
http://www.prof2000.pt/users/hjco/aderav/patrimonios/patrim04_007.htm
Arq. Fernando Távora e a "torre dos 32 andares“ prevista no Plano Auzelle
Evento organizado pelos Arq.º Rogério Barroca,
José Prata, Ventura da Cruz, Óscar Graça
12. 3
AVEIRO
PASSADO AO
PRESENTE
MUDANÇAS
1759, Janeiro, 6
Planta da região de Aveiro localizando Aveiro, Esgueira, Vagos, assim como outros
lugares dos arredores, bem como as marinhas de sal, elaborada pelo Sargento mor
Francisco Jacinto de Polchet e Luís d’Alincourt que trabalhavam no projecto de abertura
da barra.
SEC XVIII
13. 3
AVEIRO
PASSADO AO
PRESENTE
MUDANÇAS
SEC XIX
[CHEGADA DO COMBOIO]
1852-07-13 — José Estêvão Coelho de Magalhães, num relance de génio para o futuro económico do
País, apresentou no Parlamento o projecto de lei da construção do caminho-de-ferro entre Lisboa e
o Porto (Litoral, 22-12-1956) – J.
1863-07-18 — A ponte do caminho-de-ferro da Linha do Norte, em Esgueira, foi atravessada, pela primeira vez,
por um comboio vindo do norte (Marques Gomes, Monumentos – Retratos – Paysagens, col.06
1856-09-02 — Foi inaugurado em Aveiro o telégrafo eléctrico, sendo nessa época independentes os
serviços postal e telegráfico (Arquivo, XXXII, pg. 26) – J.
14. 3
AVEIRO
PASSADO AO
PRESENTE
MUDANÇAS
[NECESSIDADE DE CRIAR UMA VIA DE LIGAÇÃO DA ESTAÇÃO AO CENTRO DA CIDADE]
1918-05-30 — A Câmara Municipal de Aveiro, em reunião desta data, aprovou por unanimidade
as diligências efectuadas pelo presidente da Edilidade, Dr. Lourenço Simões Peixinho, em
ordem à conclusão do delicado problema das expropriações amigáveis dos terrenos
necessários para a abertura da avenida do Cojo à estação do caminho-de-ferro, «louvando-o
pela sua energia e acerto na resolução do mesmo assunto, que muito interessa à cidade e às
populações que a visitam (Câmara Municipal de Aveiro, Livro das Actas das Sessões, Anos de
1910-1926. fls. 131-131v) – J.
Década 20
18. 3
AVEIRO
PASSADO AO
PRESENTE
MUDANÇAS
300 unidadesAirbnb que surgiram
nos últimos anos e que retiraram
habitações do mercado de
arrendamento, sobretudo para
estudantes,
o recentramento funcional da
cidade com a expansão doCC
Glicineas e a eventual construção
de um novo Pavilhão Desportivo
emTaboeira,
as dinâmicas culturais emergentes
no centro da cidade (GRETUA, MN,
VIC,...).
30. Cidades onde as crianças tinham a possibilidade de andar a pé e de bicicleta em
segurança e nas quais podiam usufruir dos rios, muitas vezes para banhos, e dos espaços
verdes
4
AVEIRO
FUTURO,
QUE
MODELOS?
31. Cidades onde as crianças tinham a possibilidade de andar a pé e de bicicleta em
segurança e nas quais podiam usufruir dos rios, muitas vezes para banhos, e dos espaços
verdes
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AVEIRO
FUTURO,
QUE
MODELOS?
32. Cidades onde as crianças tinham a possibilidade de andar a pé e de bicicleta em
segurança e nas quais podiam usufruir dos rios, muitas vezes para banhos, e dos espaços
verdes
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AVEIRO
FUTURO,
QUE
MODELOS?
33. “É o tamanho de Aveiro que está exactamente
à escala humana: maior que Aveiro é grande
demais, mais pequeno que Aveiro é pequeno
demais. É a maneira como passeiam as pessoas
num sábado à noite. Não há enchentes nem
desertos. Um festival de jazz ao ar livre decorre
com duas centenas de espectadores: está
cheio mas há sempre lugar para mais dois. Não
há nervos. Não há medo. Não há pressão”
Miguel Esteves Cardoso, Público
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AVEIRO
FUTURO,
QUE
MODELOS?